Pessach, a páscoa judaica

Com abril se aproximando as decorações de coelhinhos e toda sorte de ovos de chocolate chega às vitrines. Não preciso dizer né? A tão amada páscoa dos ovinhos está próxima! Mas, o que poucos sabem, é que alguns dias antes acontece o pessach, a páscoa judaica!

A páscoa e o pessach divergem fundamentalmente. Enquanto ambas as festas são sobre o livramento de um estado de desespero, quer seja da escravidão (pessach) ou do pecado (páscoa), o pessach celebra a libertação do povo judeu como uma força entre as nações.  Em contraste, a páscoa celebra a vida eterna cristã.

A Páscoa Judaica

O pessach, também conhecido como a páscoa judaica, é a festa da libertação dos judeus como escravos do Egito. Por este motivo, seu significado é passagem (pass over).  Além disso, marca o início do calendário judaico.

Costuma-se celebrar o pessach com um jantar familiar. Por se tratar de uma festa muito íntima, não contamos com ajuda de copeira ou garçom, todos se ajudam!

São mantidas todas as tradições judaicas: antigamente um cordeiro era assado e compartilhado. O principal é não comer nada fermentado, pois lembramos que quando os judeus foram libertados não deu tempo do pão fermentar então comemos a matzá que é o pão sem fermento.

É importante que na comemoração do pessach os adultos expliquem às crianças todos os significados e ensiná-las sobre como D’us libertou os judeus das mãos fortes do Egito.

Costumamos celebrar o Pessach com um jantar em família chamado Seder de Pessach. Nessa noite os judeus comemoram o aniversário da libertação com bençãos, cantos, mas principalmente revivem tudo que os seus antepassados viveram para que pudessem estar em torno da mesa no daquela noite.

E o item principal da mesa de Seder de Pessach é a KEARÁ.

Significado da Keará

Praticamente celebramos da mesma forma que os judeus do século VI a.c faziam. Na mesa com o prato redondo chamado Keará onde são colocados elementos que nos remetem ao que os judeus viveram/sofreram.

Eu já falei sobre a simbologia do pessach, mas vamos recordar a Keará:

Beitsa (ovo cozido)

É o símbolo do ciclo da vida. É o único alimento que quanto mais cozido, mais rígido fica, ou seja, quanto mais sofremos, mas nos fortalecemos.

Zeroa (osso do cordeiro)

Representa o cordeiro que era oferecido como sacrifício especial na véspera do êxodo do Egito e também remete ao fato de D’us haver tirado o povo do Egito com “Seu braço estendido”.

Karpas (batatas cozida)

Normalmente é a batata, mas pode ser a mandioquinha, a cebola, deve ser um vegetal que tenha sido arrancado da terra com raiz, que nos remete a força de D’us para nos arrancar do sofrimento da escravidão . Devemos mergulhar esse vegetal na água salgada, que simboliza as lágrimas dos judeus e posteriormente comemos.

Maror (erva amarga)

Pode ser o agrião, a rúcula, endívia. O amargo representa a situação de amargor da escravidão.

Charosset (pasta maçã e nozes)

Costuma-se misturar maça com mel e nozes. Essa mistura parece a argamassa e os tijolos feitos pelos judeus quando trabalhavam para o Faraó. É o único item doce da Keará para que possamos lembrar que mesmo no sofrimento devemos procurar o aprendizado.

Chazeret (erva amarga)

Uma segunda erva amarga é usada para lembrar a escravidão.

Inicia-se o Seder com a benção sobre o vinho em uma taça especial. Eu tenho uma de prata que ganhei da mãe e que uso todos os anos e em todas as datas comemorativas.

Mesa de Pessach

Como eu já disse, o pessach é uma celebração muito familiar, portanto, íntima. O ideal é estar mais próximo possível uns dos outros, e a mesa redonda é perfeita para partilhar histórias e ensinamentos!

Sempre que a família está reunida é motivo de muita alegria, por isso eu preparo cada detalhe com um plus de cuidado e carinho! Por isso gosto de caprichar na escolha de cada item e principalmente das flores. Escolho as alegre e coloridas.

Esse ano escolhi a porcelana Oriente Italiano, Richard Ginori em tons de azul e para compor, escolhi jogos americanos de renda renascença que já usei na mesa franco-americano, taças de cristal lapidadas em tons de ametista da Mozart Cristais e descansos de talher de acrílico.

Para alegrar as flores não poderiam faltar e eu escolhi os tons de rosa das dálias, rosas e orquídeas para decorar os vasos de porcelana também Richard Ginori da importadora 6F Decorações e os de cristal lapidados do meu acervo.

Espero que tenham gostado da inspiração. Você tem mais alguma dúvida sobre o pessach?!

Deixa nos comentários que eu te respondo!

Beijo

Marina

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